quarta-feira, 20 de julho de 2016

O peso do Ouro

Foto: Getty


O Brasil já foi 5 vezes campeão da Copa do Mundo. Tem 4 Copa das Confederações, 8 títulos da Copa América e venceu mundiais e continentais sub-17 e sub-20. O Ouro Olímpico é o único título que a Seleção Brasileira nunca venceu. Já bateu na trave três vezes. Em 1984 parou na França, nos jogos seguintes na União Soviética. Em 2012, nas Olimpíadas de Londres, o algoz foi o México. Agora, a nova chance é no Rio de Janeiro, em agosto de 2016. 

Infelizmente o Brasil não consegue lidar com o peso de jogar em casa. A pressão é enorme e os jogadores sentem isso. As duas Copas em casa foram o palco das duas piores derrotas do Brasil: o Maracanazzo em 1950 e o famigerado 7 a 1 em 2014. O tamanho da história da seleção Brasileira acaba por vezes sufocando-a. Aliado a isso existe o desolador cenário político da CBF.

A Confederação Brasileira de Futebol se envolveu em diversos escândalos graças a péssima administração que se envolveu. Esse tumulto gerado nos bastidores afeta o desempenho em campo já que os jogadores, querendo ou não, são colocados no mesmo barco de pessoas como Marco Polo Del Nero e Ricardo Teixeira.

A imprensa também não deixa por menos e joga mais vapor nessa panela de pressão que está perto de explodir de vez. Tite sabiamente deixou o comando da seleção olímpica para Rogério Micale. O novo técnico da seleção principal do Brasil teve a humildade de reconhecer que ele não havia trabalhado com esses jogadores que tentarão o ouro. Chegou agora, seria imprudente assumir o time para tentar um feito inédito.

O fato é que a prata não é mais opção. O torcedor espera algo novo no Brasil. As olimpíadas podem dar a esperança de que o futebol cinco estrelas, que já foi o maior do mundo, pode voltar. Mas os mesmo jogos podem nos mostrar que o 7 a 1 foi pouco e que é só o começo da derrocada do Brasil. Por isso esse ouro pesa tanto.

segunda-feira, 11 de julho de 2016

O que o título de Portugal pode ensinar?



Foto: Divulgação/UEFA


Portugal sofreu muito em 2004. A final da Euro perdida para Grécia em pleno Estádio da Luz deixou marcas que pareciam incuráveis. Naquela altura, parecia que a única chance da história que Portugal tinha para brilhar era na competição realizada em casa. O país havia abraçado a ideia de vencer o seu primeiro título. Um tal de Cristiano Ronaldo, jovem ainda, foi vice naquele ano e chorou bastante naquele dia.

Anos se passaram e o tal Cristiano Ronaldo virou o melhor jogador do mundo por três vezes, ganhou inúmeros títulos pelo Manchester United e pelo Real Madrid. Mas a marca do Estádio da Luz ainda estava lá. Ela se mostrava presente em cada novo fracasso da seleção portuguesa. CR7 sofria como ninguém.

Em 2016 veio a chance da redenção. O time experiente e coeso de Portugal ia avançando aos trancos e barrancos na Euro. Só venceu um jogo no tempo normal e mesmo assim foram para a final. Na decisão ele teve que sair aos prantos lesionado. Viu de fora seus companheiros lutarem. E do lado de fora CR7 se mostrava parte do coletivo. Gesticulava, orientava, reclamava com a arbitragem. Era quase um segundo técnico.

Esse título português ensina muita coisa a todos nós. A primeira: Um título pela seleção ainda vale mais que qualquer Champions League ou prêmio de melhor do mundo. É só ver a reação de Messi ao perder a Copa América e a de CR7 ao vencer a Euro. Vale mais porque é o sonho de criança representar o país.

Segundo: O coletivo vale mais que o individual no futebol. Quando Cristiano Ronaldo machucou na final grande parte das pessoas não imaginavam Portugal campeão da Euro. A estrela maior estava fora e com ela as chances da Terrinha. Mas os portugueses provaram que os onze jogadores, o coletivo, se doar em campo, lutar por cada bola, ainda vale mais que só um jogador. É futebol, não é tênis.

Terceiro: Mesmo após uma grande derrota como foi a de 2004, não é preciso jogar tudo para o alto e desistir. É preciso reconstruir o que se foi com as peças que se tem. Exemplo: Não tinha mais Figo, Pauleta, Deco. Mas agora tem Nani, Pepe, João Moutinho, Éder.

Quarto: Um líder de um time tem que liderar nas horas boas e ruins. CR7 mostrou isso. Após sair machucado ele foi atendido pelos médicos e depois voltou a beira do campo para ajudar orientar seus companheiros e durante o intervalo incentivá-los para continuarem lutando pela glória. Ela veio. E agora, para sempre, essa equipe será lembrada pelo futebol.

quinta-feira, 30 de junho de 2016

O caldeirão colorado

Foto: Douglas Monteiro
Era 3 dezembro. O ano estava chegando ao final, e, com ele, a última visão que José teria daquela que fora sua casa durante 50 anos.  Quando soube que seu lugar mais sagrado em vida passaria por reformas drásticas, ele não sabia se se sorria de felicidade, já que as reformas seriam para melhor, ou se chorava de tristeza, por ver que seu cantinho não seria mais tão seu como até então fora.

Era 3 de dezembro. O Vila Nova se despedia do Antigo OBA com um jogo beneficente entre ex-ídolos do clube. José estava embebido por nostalgia e melancolia sem iguais. Além de todo o clima de despedida do estádio, ele se viu numa magia e satisfação extraordinárias por ver os ídolos de anos novamente em campo, vestindo a camisa do Tigre e alegrando os mais de 6 mil colorados presentes.
Em certa altura do jogo, seus olhos emaranharam-se e José parecia ter ido para outra dimensão.  E fora. Voltou para o ano de 1966, ano em que entrou no OBA pela primeira vez. A primeira visão dos muros, a primeira impressão sobre o campo e o primeiro passo na arquibancada. Ah, aquelas arquibancadas... Ah, se aquelas arquibancadas falassem...

José se demorou um pouco em suas lembranças de arquibancada. Quis reviver cada momento que passou naquele cimento batido, desde os mais marcantes, como os títulos e aniversários, até os mais corriqueiros, como as conversas jogadas fora debaixo dos pés de manga. José demorara nas arquibancadas. Demorara porque sabia que a mudança mais drástica no estádio seria lá. No projeto da reforma, estava a ampliação dos lances de cimento e a substituição do alambrado por vidro do tipo blindex.

Após alguns minutos no passado, José foi interrompido em seus pensamentos pelo coro da torcida comemorando um gol do time de Wando, um de seus jogadores preferidos dentro do Vila Nova. Saiu do transe direto para o êxtase de um gol. Viu toda aquela massa vibrando de emoção ao ver o Vila Nova balançando as redes, abraçando os desconhecidos que estavam próximos pelo simples prazer de compartilhar o sentimento vivido naquele momento.

Terminado o primeiro tempo, José se encaminhou a um dos bares do Onésio Brasileiro Alvarenga e pôs-se a conversar com o dono, no qual já era amigo de longa data. O barista estava todo contente pela situação do Tigrão, extravasava alegria ao contar que iam reformar seu bar e que ele poderia atender melhor a torcida em dias de jogo. José foi na onda do amigo, compartilhou de sua alegria, fingindo estar fascinado com as reformas que o estádio passaria.

Se encaminhando novamente à arquibancada para assistir ao segundo tempo, José fora pensar com seus botões. O Onésio tinha lhe dado muitas alegrias durantes anos, fora o cenário de muitos momentos de sua vida, tanto felizes, como tristes, tanto relacionados ao futebol, como em sua vida pessoal, mas percebeu que as mudanças eram necessárias. O futebol tinha se modernizado e o Vila Nova precisava acompanhar o ritmo. Viu que era injusto e egoísta querer que as coisas permanecessem como há 50 anos e então ele sorriu. Sorriu de felicidade pelas conquistas que o clube estava tendo e por se convencer de que o OBA continuaria sendo seu cantinho preferido no mundo, mesmo com uma carcaça nova.

A partida terminou, o time do ídolo Wando havia vencido por 3x2 e José estava inerte na magia que aquele dia lhe propiciara. Saíra de dentro do estádio com uma sensação de gratidão e de dever cumprido. Então se encaminhara para as barraquinhas que ficavam fora do  OBA,  conversara com amigos próximos, revera aqueles que há muito não via, comemorara o grande momento vivido. Terminara, por fim, o ritual que repetia em todos os jogos do Vila Nova no Onésio Brasileiro Alvarenga: fizera o sinal da cruz em uma prece ao time e fora de alma lavada para casa, vislumbrando como ficaria seu novo cantinho  e  pedindo para que pudesse disfrutar em vida de todos os momentos que estavam por vir no novo lugar.


sexta-feira, 17 de junho de 2016

Finalmente Tite




É oficial! Depois de anos fazendo um grande trabalho pelo Corinthians, Tite é o novo técnico da seleção brasileira de futebol. O anúncio foi feito ontem, dia 16, pelo próprio Corinthians. Em suas passagens pelo Timão, Tite conquistou um Mundial, uma Libertadores, dois Brasileiros e um Paulista. Um currículo invejável. 

Além disso se deu ao luxo de parar por um ano para se renovar. Viajou a Europa para ver de perto como é feito o trabalho por lá. Após o fiasco de Felipão na Copa do Mundo em 2014 ele era o preferido da imprensa e de grande parte dos torcedores. Porém a CBF optou por Dunga e provou que não se importa com o futebol e sim com as finanças. O 7 a 1 não mudou nada na estrutura do futebol brasileiro. Marco Polo Del nero e seus amigos continuam mandando no esporte preferido da nação.

Agora que as finanças estão em risco devido ao baixo futebol apresentado, os dirigentes tentam correr atrás do prejuízo. Com quase dois anos de atraso Tite foi chamado. Agora é visto como o Salvador da pátria. Possui uma responsabilidade enorme. Entretanto a capacidade dele é do mesmo tamanho da responsabilidade. 

O fato é que ninguém mais aguenta torcer por uma seleção sem brio, sem vontade e que antes nem esquema tático tinha. A seleção é o maior time da história, já teve os maiores craques do futebol, mas hoje sofre. Que a sorte esteja com Tite.

quinta-feira, 9 de junho de 2016

Choro de esperança

Foto: Douglas Monteiro/ Vila Nova Futebol Clube

21 de novembro de 2015, essa fora a data em que Alvino chorou pela última vez. Mas, diferentemente das inúmeras outras vezes, o choro fora de alegria, de felicidade, de esperança. Fora o choro entalado na garganta por quase uma década inteira, sedento por ganhar o mundo e ser ouvido por todos.

Alvino é um senhor de 75 anos, nascido no interior da Bahia e que se mudara para Goiânia na década de 60. De origem muito humilde, viera com a esposa para a recém-criada capital de Goiás com a esperança de melhorar de vida. É mestre de obras, ajudara a construir muitos prédios que hoje sustentam a capital goianiense. É, de fato, um construtor da cidade.

Seu destino, como migrante nordestino, não poderia ser outro: fora morar na Vila mais Famosa de Goiânia, no bairro da Vila Nova, reduto dos milhares de nordestinos que migraram para as novas terras a fim de edificar a capital. Logo que chegou, fora arrebatado por um sentimento que pairava sobre os moradores do bairro, o sentimento de amor pelo clube de futebol criado pelos vizinhos, com a tutela do padre que cuidava da igreja do setor. O fascínio, o amor e a dedicação com que os moradores, nordestinos como Alvino, tratavam a agremiação recém-criada fez surgir um sentimento profundo que, alguns anos mais tarde, Alvino passaria aos filhos com tanto zelo e cuidado.

Os anos foram passando e o envolvimento do baiano de coração goiano com a equipe, que se tornara profissional, foi aumentando cada vez mais. Alvino, sempre que saía do canteiro de obras, dava um jeitinho de passar no estádio do clube para ver os atletas treinando. Quando se atrasava para chegar em casa, a esposa Cely nem se alterava, sabia que ele estava no Vila Nova. Quem via o amor com que Alvino se remetia ao time do coração, nem imaginaria o quão difícil era a jornada do mestre-de-obras com o Vila. Alvino passou anos e mais anos amargando derrotas e humilhações, foram quase duas décadas de declínio até que o time mais apaixonado da cidade começasse a época de ouro, a época de títulos.

Alvino ficou mal acostumado, viu um Vila Nova imbatível e destruidor nas décadas de 70 e 80. Viu os rivais se curvarem diante da equipe colorada, viu um tetracampeonato inédito no futebol goiano. Viu lendas do futebol como São Guilherme, Timoura e Onésio Brasileiro Alvarenga. Pois é, Alvino ficara mal acostumado... Os anos 90 adentraram e com ele a supremacia foi chegando ao fim. Alvino entendia que os tempos eram outros e que o futebol não feito como na época em que se enamorou pelo Vila Nova. Entendia tudo e isso e permanecia na esperança de que tempos áureos como o que vivera voltariam para contemplar também os filhos e quem sabe os netos.

Alvino esperou, ano após ano, vexame após vexame, com a mesma esperança dos tempos antigos. Ele tinha paciência, mas não mais se emocionava com facilidade como antes. Dizia que depois de 10 anos na lama, só um feito extraordinário o faria chorar novamente. E ele aconteceu, mesmo sob a desconfiança de Alvino, ele aconteceu.

21 de novembro de 2015, essa fora a data em que Alvino chorou mais uma vez. Depois de um fatídico ano com dois rebaixamentos nos campeonatos que disputara, o Vila Nova ressurgia como um tigre feroz e soberano, Alvino ressurgia, também, feroz e soberano. A desconfiança não mais fazia parte do seu ser, Alvino se entregou totalmente, como no início da história de amor, às lágrimas pelo clube que ajudou a construir.


21 de novembro de 2015, essa fora a data em que o Vila Nova foi novamente campeão brasileiro da série C, essa fora a data em que mais de 40 mil apaixonados, como Alvino, choraram no Estádio Serra Dourada. Essa fora a data do último sopro de esperança de Alvino, esperança de tempos áureos como o que vivera ao lado do colorado e a certeza de que esse amor que sente pelo Vila Nova vai se perpetuar por gerações e gerações de sua família, tão puro e verdadeiro como o que sentiu quando chegou na Vila mais Famosa de Goiânia.

quarta-feira, 1 de junho de 2016

A culpa é só do Mancini?

Foto: Diário de Goiás


Ontem, 31 de maio, o Vila Nova decepcionou novamente o torcedor que foi ao Serra Dourada. Dessa vez, o Colorado perdeu por 2 a 1, de virada, para o CRB em partida válida pela quinta rodada da série B do Brasileiro. Foram dois gols levados nos últimos 10 minutos de jogo.

Com a derrota, o técnico Rogério Mancini quase foi demitido. Aí fica a pergunta: seria justa a demissão?

Particularmente não gosto do rodízio de técnicos que se tem aqui no Brasil. Mas o retrospecto de Mancini é ruim. São 15 jogos, 6 derrotas, 5 vitórias e 4 empates. Além disso, a falta de coragem de colocar o time para frente para matar a partida, prejudicou o Tigre. E essa não foi a primeira vez. No jogo retrasado, contra o Atlético, o fato se repetiu. O Vila era melhor, mandava no jogo, tinha o apoio da torcida, mas por falta de coragem de Mancini, o time não foi para frente. 

No jogo de ontem, o ex-comandante insistia no 4-5-1 com dois volantes sendo que era evidente que era necessária a entrada de um meia armador para auxiliar Jean Carlos e dividir a responsabilidade de mandar o time para cima do CRB. O elenco do time alagoano é limitadíssimo. Somente Gérson Magrão e Neto Baiano merecem destaque. mesmo assim, o CRB não se omitiu, acreditou até o fim e não teve medo de atacar. Então, por não aprender com seus erros, acho que seria justa a demissão.

No jogo de ontem algumas coisas ficaram evidentes. O ponto forte do Vila é o meio campo e a velocidade do time em puxar contra ataques com Roger correndo e Victor Bolt ou Jean Carlos fazendo os passes. Foi em um contra-ataque que começou com Victor Bolt que saiu o gol da equipe goiana. 

A segunda coisa é que o time não achou um atacante ideal. Nem Vandinho, nem Frontini conseguem desempenhar a função de forma satisfatória. Um novo atacante seria o ideal para o clube. A terceira é que Róbston apesar de ídolo da torcida é um jogador muito inconstante. No jogo de ontem, o volante errou quase tudo que tentou. Um grande contraste com a estreia da Série B em que marcou dois gols.

E o mais preocupante para o Colorado é ver que a defesa, ponto forte na Série C de 2015, está sendo vazada facilmente. Em 5 rodadas o Vila Nova levou 10 gols. São duas bolas na rede para cada jogo. Isso faz com que o ataque fique sobrecarregado. Claramente a dupla de zaga formada por Simon e Anderson não vem jogando bem e Marcelo não consegue fazer a lateral esquerda do Tigre. Reginaldo merece uma chance na zaga. Patrick deveria assumir a esquerda. 

Outro jogador esquecido é Fernando Neto. Verdade seja dita, o meia não joga bem há muito tempo, mas também faz tempo que não recebe uma oportunidade de sair jogando. É um jogador que precisa de motivação. Tem futebol para ser titular. Porém tem que estar disposto a brigar pela vaga.

Pedro Carmona já está regularizado e pode estrear em questão de dias. Entretanto, o que o torcedor de vermelho mais quer é encontrar o caminho das vitórias. O próximo jogo é no Serra Dourada contra o Paraná, sexta-feira. Nessa partida já teremos um indicativo de resposta da pergunta feita no título.

sábado, 28 de maio de 2016

A camisa pesou

Real Madrid Campeão da Champions League/ Crédito: AFP

Na final da Champions League desse ano a camisa pesou. A tradição merengue na maior competição de clubes do mundo é gigantesca. É tão grande que sufocou e amassou o Atlético na decisão por pênaltis.

Verdade seja dita que nos 90 minutos de bola rolando e também durante a prorrogação os Colchoneros foram melhores. O goleiro Navas do Real trabalhou bastante. O pênalti perdido por Griezmann também fez falta. o 1 a 1 não refletiu o que foi a partida. O Atlético jogou melhor. O Real teve mais raça, mais disposição. Nem parecia o time frio que por muitas vezes já lhe foi característico.

Logo no começo do jogo o carrasco Sérgio Ramos abriu o placar e o Atlético sentiu. Simeone colocou o time pra frente e a pressão começou. O Real respeitava o Atlético até demais e ficou muito recuado. Aos 33 minutos do segundo tempo Ferreira Carrasco empatou o jogo. A esperança reascendia do lado vermelho e branco. Mas os comandados de Zidane não se desesperaram. Eles sabiam da força da camisa.

Veio a prorrogação e o placar não mudou. Nos pênaltis a camisa pesou. Quanto mais cobranças eram feitas pelos Merengues maior o gol parecia. Quanto mais cobranças os Colchoneros executavam mais dava a impressão das traves estarem se aproximando. Dava tanto essa impressão que Godin acertou uma delas. Coube a Cristiano Ronaldo, machucado e apagado durante a partida, fazer o gol do título.

O Real Madrid é definitivamente o maior clube da história do futebol. É impressionante o domínio dos merengues nas competições em que disputa. São 14 finais e acredite: 11 títulos. São diversos títulos nacionais e outros como a UEFA Super CUP e a UEFA Europa League. É colossal a força do Real.

A Simeone e ao Atlético resta começar novamente como várias vezes já foi feito. O dia da glória máxima não chegou. Mas o futebol recompensa um dia quem tanto luta e trabalha. O time do Real prestou atenção em Simeone e seus comandados. A camisa só pesa para quem respeita seu adversário e joga com determinação o jogo todo.